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Mostrando postagens de setembro, 2014

Da série "Fica a dica" - Papo de gente grande

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Eu sempre tive muitas dúvidas relacionadas a "sexo". Em primeiro lugar eu era mal informada. Sem uma orientação completa dentro de casa (minha mãe era extremamente conservadora nesse quesito) aprendi parcos "ensinamentos" com amigas: importância da camisinha, uso de anticoncepcionais orais, doenças sexualmente transmissíveis...enfim. Mas o grosso mesmo, ou seja, como é que se faz sexo e como se tem efetivamente prazer com ele, eu tive que aprender como todo mundo faz: fazendo.  Aos 35 anos, um divórcio e alguns parceiros depois, posso dizer que os caras têm que comer muito feijão com arroz ainda pra entender do que se trata, de fato, fazer sexo. Então, resolvi dar a minha contribuição sobre o assunto. Segue:  1. Preliminares. Muitas preliminares! - gente, o negócio é o seguinte: mulheres precisam mesmo estarem lubrificadas para que não só a transa seja prazerosa como para não sentirem dor. Isso mesmo: dor! Pra rolar a lubrificação vários tipos de  estímul

Kate & Leopold

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Just another night - Icona Pop Ontem eu assisti a um filme pelo qual não dava nada. "Kate and Leopold", essas comédias românticas que ninguém leva muito a sério, vão me perdoando o trocadilho. O mocinho da vez é nada mais nada menos que o Hugh Jackman. A  história começa em 1876 mas avança até os anos 2000, quando Leopold, o Hugh, viaja no tempo e encontra uma Nova York cheia de luzes e movimentos.  Inevitavelmente, Leopold encontra Kate (Meg Ryan), uma mulher moderna que trabalha com pesquisa de mercado. Kate é daquelas garotas que perderam a fé no amor após um relacionamento longo e fracassado. Enfiou a cara no trabalho e sua única preocupação é ser boa naquilo que faz.  Até que Leopold aparece, do nada, com um vocabulário estranho e  muita, muita classe. Daquele tipo de cara que fica de pé quando uma mulher se levanta. Do tipo que abre a porta do carro pra ela entrar e oferece um jantar romântico no terraço. Em princípio Kate o acha esquisito. Parecia um lun

Adeus, Nenca

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Porque Ele vive - André Valadão Ela tinha os braços gordinhos, com aqueles dedos rechonchudinhos típicos das avós. Andava devagar, claro, há muito já tinha idade para tal. A minha avó era daquelas velinhas discretas que usava aquelas sandalhas fofas e vestidinhos floridos. Era extremamente vaidosa e vivia com um pentinho pra lá e pra cá pra arrumar os cabelos já ralos.  Não gostava de dar trabalho a ninguém e nunca teve tempo para o glamour, afinal, 5 filhos e uma vida de costureira haviam lhe tomado a juventude e a maturidade. A rigidez dos tempos tornou-lhe quase impossibilitada de demonstrar afeto. Apesar de ser uma pessoa doce, minha avó nunca fora de abraçar. Ela também nunca fora daquele tipo de avó que faz comidinhas gostosas e mima os netos. Pelo menos comigo.  Mas nada disso tirou a impressão de que era uma pessoa bondosa. E era. Uma vez minha mãe me contou que vovó, apesar de  ter dado duro como costureira, de ter  tido um marido rigoroso, e uma vida regrada com

Da série Fica a dica: quem não investe não quer se envolver

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Do I wanna know - Arctic Monkeys Essa semana tive uma epifania. Me ocorreu (depois de muita terapia) o motivo pelo qual eu fico tão ressentida (na falta de uma palavra mais adequada) quando saio com caras pão-duros. A questão não é o dinheiro, quero que isso fique bem claro. A questão é a falta de parceria afetiva .  Vejam bem, namorei por 5 anos o único cara com quem me casei e creio jamais ter visto um casal tão duro de grana como nós. Eu era desempregada, ele era estudante. Não tínhamos renda a não ser uma mesada rala que meus pais me davam mensalmente. Mas nunca, em tempo algum, houve uma sensação de que um de nós estivesse "segurando" dinheiro. A gente sempre dividia tudo, afinal, não tínhamos  pra esbanjar e sabíamos das dificuldades um do outro, mas nunca tive a sensação de que o cara não estivesse se esforçando no relacionamento.  Era a tal da parceria afetiva . Eu invisto em você - emocional e financeiramente - e você investe em mim da mesma forma. A