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Mostrando postagens de novembro, 2011

Da série "Curiosidades"

Certa vez minha irmã me disse que ficava gaga perto de homens bonitos. Assim. Como em um passe de mágica. Bastava aparecer um na frente dela e pimba! Lá vinha aquela gagueira inconveniente.  Morri de rir quando ela me contou, atônita, que ficou balbuciando palavras soltas na frente do padre (sim! É isso mesmo, e ele era lindo!) que ela teve que entrevistar.  Até que, um dia, o meu DNA me informou que isso era genético...só que a gagueira da Aline se manifestava em mim de outra forma. Estava eu, faceira e contente, em um forró animado. Fiquei lá, com aquela cara de cachorro que caiu da mudança, esperando algum cavalheiro me tirar pro arrasta-pé.  A primeira vítima foi um senhor muito simpático que, provavelmente, tinha idade pra ser meu avô. Mas, nunca se recusa uma dança em um forró. Essa é a regra! E aí o negócio foi ficando bom e,  um após o outro, rapazes L-I-N-D-O-S, começaram a me convidar pra uma dança e quanto mais bonitos eram, pior eu dançava! Suava em bicas na tentativa

Memories

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I´m gonna make you love me - The Jayhawks Você se lembra daquela música? Aquela que que dizia tudo o que você queria falar pra mim. A música falava que você secaria as minhas lágrimas e que ficaríamos juntos por um milhão de anos. Todas essas promessas se estilhaçaram como vidro no asfalto. E eu pareço mais um disco furado. Você se foi, mas não sem deixar marcas, não sem antes me desconstruir outra vez. Palavras nunca serão suficientes para expressar o indescritível temor que sinto todas as vezes que penso em você. Você se lembra daquela música? Ela dizia que você iria me fazer amá-lo. Mas agora a sala está vazia e não restou sequer as pinturas que esboçamos juntos. Você não está mais aqui, mas eu não consigo deixá-lo. Poderíamos ter tido e sido tudo. “Rolling in the deep”. Mas você me guiou só para que eu me estatelasse nos muros da sua invencível covardia. E os meus joelhos falharam perante suas gloriosas mentiras, mais uma vez. Você se lembra daquela música? Aqu

Da série "Grosseria do Dia"

Curioso como certos mecanismos de controle social funcionam. O lugar onde trabalho é, às vezes, horrível. Demorou um pouco pra que eu escutasse o famoso "Quem você pensa que é" e, claro, pra que ficasse implícito o "Você sabe com quem está falando?". O mais curioso é que isso não veio de algum magistrado empoderado, mas de um reles assessor. A grosseria do dia veio em forma de preconceito e regada a muita arrogância. Será que o famigerado assessor falaria assim com um homem de 1.90 e com um porte atlético? Coação, intimidação, discriminação de gênero. O que você é, meu bem? E em que século estamos mesmo? A coisa toda não durou nem cinco minutos e foi o suficiente pra perceber o quanto ainda precisamos avançar. Simples idiossincrasias não justificam certos retrocessos. E eu, continuo aqui, morrendo de raiva de um reles assessor. Às favas com a polidez profissional, minha vontade era esmagar a laringe do cara com meu salto agulha de 7 centímetros.Será que pode?

Ode to my friends

Dia desses eu estava pensando em como é bom ter amigas. Poucas ou em bando, elas, muitas vezes, fazem o dia valer à pena. A gente sempre tem aquele ditado que, nos piores momentos, a família é quem segura a onda. Mas quer saber? As amigas também. E muito. São as amigas quem escutam sobre os detalhes mais sórdidos e tristes que a gente precisa desabafar. São elas que também vibram com as nossas conquistas e nos dão broncas homéricas quando tentamos nos enganar. As amigas têm também algumas peculiaridades, daí a razão que normalmente algumas vão te ouvir e outras vão só comentar. E outras, ainda, vão te levar pra uma balada legal e fazer você se divertir. As minhas amigas são mara. Maravilhosas. Cada uma ao seu jeito e ao seu tempo. Algumas fizeram parte da minha vida em um momento bem específico e depois se foram, viver suas vidas. Outras apareceram em outras fases e ainda estão comigo. O bom de se ter amigas é que você (quase) nunca se sente só. Na real, você sabe que elas passam