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Mostrando postagens de julho, 2011

I´m not a resort person anymore

Em setembro de 2002, fui à Jericoacoara com minha irmã. A viagem foi de ônibus no trajeto Natal - Jijoca, com direito a mais 30km pelas dunas, de madrugada. Passei mal no ônibus, fiquei aterrorizada com as dunas. Os passageiros que pegavam a condução de Jijoca pra Jeri iam (e até hoje vão) em uma Jardineira, que eu chamei, à época, de Marinete sem portas. No dia seguinte fizemos um passeio de buggy e conversando com outras pessoas, em uma das piscinas naturais de Jeri, alguém disse: - É uma pena que esse lugar vá ficar cheio daqueles resorts enormes. Vão acabar com tudo. E imediatamente eu pensei: - Resort? Nossa, prefiro mil vezes um resort desses. Meu nome é conforto! Oito anos após esse episódio, eu estava em Porto de Galinhas, em um novo emprego, com novos amigos e com uma nova atitude. Conheci uma garota que me lembrou a mim mesma. Era como ver um espelho que refletia o passado.   Bonita, recatada, não bebia, não fumava, não era festeira e seu programa favor

Somos mulheres e não desistimos nunca

Outro dia eu estava pensando em tanta coisa que nós, mulheres, passamos e que mesmo assim nós continuamos de pé. Firmes. Fortes. Dignas. A começar pelo fato de que desde muito novas temos que aprender a fechar bem direitinho nossas pernas. "Moça de família não age assim" ou "Moça de família não age assado". Enfrentamos um preconceito dentro de nossos próprios lares. Os filhos homens podem tudo, já as meninas, nada. Têm que sair acompanhadas, namorar então, nem pensar. Festinha? Só até meia noite e ainda sim se tiver nota boa no boletim escolar. Aprendemos que valores como casamento, família, filhos e fidelidade são indispensáveis para um vocabulário de uma garota "descente". E aí a gente cresce lendo aqueles livrinhos que dizem "...e foram felizes para sempre" e achamos que um dia isso realmente vai rolar com a gente. Ainda tem também todo o lance do trampo. Trabalho. Temos que ser bem sucedidas no mercado, ganhar bem, sermos compet

PROCURA-SE pequeno AMOR

Outro dia eu acessei meu facebook e cliquei em um aplicativo que gosto muito: "O que devo fazer hoje?". E aí ele sempre dá uma respostinha engraçada. A frase que veio para mim foi: "Ficar com seu GRANDE amor". Arregalei os olhos e disse pra mim mesma: "Tá de sacanagem, né?". E aí decidi entrar em uma busca quase sagrada - como o Santo Graal, sabe? -  e coloquei no meu gtalk: "Procura-se GRANDE amor". É sério, gente, estou procurando, aberta, disponível, receptiva. Até que um amigo disse: - Será que não seria melhor você procurar um ´pequeno´amor? - ele perguntou. Pisquei sem entender, e ele continuou. - É assim: os grandes amores, aqueles que sacodem nossa estrutura, tiram a gente do sério... provavelmente não vão fazer bem. Essas relações costumam ter altos e baixos incríveis: uma paixão maior que tudo, aí um quebra-pau de filme, aí um momento de sonho...O amor que vai ficar do nosso lado por muito tempo é aquele d