A vida é uma gôndola de supermercado


Hoje eu ouvi que a vida da gente é igual à uma prateleira em um supermercado. Quando a gente não sabe o que fazer, a gente vai catando qualquer coisa. 

A gente pega arroz sem saber qual é a diferença entre o branco e o parabolizado. Pega picles e um monte de coisas em conserva sem nem saber se conserva é bom. A gente pega leite integral sem saber que desnatado é bem mais saudável. Pega molho de tomate de qualquer marca e até macarrão MG! A gente vai olhando cada prateleira e vai simplesmente tacando tudo dentro daquele carrinho. 

Mas aí o tempo passa e, com ele, a gente aprende que não precisa comprar o que não gosta e muito menos o que a gente não vai comer. A gente aprende que nem mesmo come arroz, mas que o macarrão, por outro lado, vai bem, desde que não seja o MG. Que não tem nada a ver comprar caldo Knor se não vai usar, que alface estraga rápido e que cebola é sempre bom ter em casa. 

Pois é. A vida é mesmo como as gôndolas de um supermercado. Uma hora a gente descobre o que quer. Mais cedo ou mais tarde a gente vai perceber como saborear os melhores momentos e apreciar os bons relacionamentos. A gente vai aprender a valorizar os bons amigos e a respeitar os períodos de transição (os nossos e os deles).

A gente compreende que não é preciso se agarrar às pessoas pra não se sentir à deriva, porque provavelmente, a essa altura do campeonato, a gente não precisa mais ser salvo. A gente vê que não adianta entulhar coisas na nossa vida que não cabem mais nela. Isso só traz indecisão. E percebe que insegurança só aparece quando não se sabe o que se quer.

As gôndolas do supermercado estarão sempre lá, cheias de coisas, produtos de todo o tipo: bons, de qualidade ou não, caros ou na promoção. Mas a vida mostra que não é preciso  comprar nada daquilo que não se queira, mesmo que seja um produto de qualidade ou que esteja on sale. Pode ser, simplesmente, que aquele não seja seu ingrediente favorito. 




Comentários

  1. Extrapolando um pouco mais, nem sempre o supermercado tem o que queremos. E não é preciso ficar restrito a ele. Quem tem uma varandinha, pode ter salsa, manjericão e até tomatinhos cereja. Você ainda pode recorrer a uma feirinha de rua com produtos orgânicos. Ou seja, é sempre possível continuar ampliando os horizontes.

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  2. Se for assim podemos usar a analogia comparando com a internet que é pior que você ainda pode baixar de graça, aí é que você escolhe qualquer coisa mesmo. hahahahaha

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