I wish...

Às vezes sinto que amar é ultrapassado hoje em dia. Tem gente que está junto porque acha legal "andar de casal". Tem gente que não sabe ficar sozinha. E aí a vida torna-se aquela pasmaceira sem fim. Tem gente que acha que bom mesmo é ser "avulso". Outros já desaprenderam como é apaixonar-se e a inconstância torna-se sinônimo de um equilíbrio confuso e preenchido por noites ardentes.

Ultimamente eu tenho andado assim-assim, meio pensativa. A vida me traz coisas, como o mar que traz garrafas com cartas dentro. O que me resta é abrir, ler, interpretar e decidir o que vou fazer com aquela informação. O problema são as influências do meio. O meio sempre diz: "a errada é você". E isso me mata. Minha coragem vai para o espaço. O  mais impressionante é que algo que nem era para ser assim tão dramático torna-se uma grande questão.

O que eu queria mesmo era voltar a viver. Sabe? Viver uma grande paixão. Daquelas que a gente sente borboletas na barriga. Daquelas que a gente vê um filme inteirinho e só no final percebe que assistiu de rostinho colado. Eu queria voltar a sentir aquela vontade irresistível de encontrar com ele e postergar ao máximo o momento de deixá-lo. Eu queria ter vontade de esperá-lo à luz de velas só pra ver sua expressão de surpresa. Eu queria luz, muita luz.

Mas dizem que até os sentimentos amadurecem. Talvez essas coisas eu já não sinta mais. Mas será então que vale a pena? Se não for pra sentir isso, será que qualquer outra coisa vale a pena?


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